Sistematização de RM de Encéfalo – Parte 2

No vídeo "Sistematização de RM de Encéfalo - Parte 2" apresentamos a continuação das bases para interpretação sistemática da ressonância magnética do encéfalo, com ênfase em FLAIR, difusão (DWI/B1000) e susceptibilidade magnética (SWI/SWAN). A aula traz conceitos de aquisição, aparência dos compartimentos e principais aplicações clínicas e armadilhas diagnósticas.

Conteúdos Abordados

  • FLAIR (FLuid Attenuated Inversion Recovery): explicação da ponderação T2 com supressão do líquor (líquor escuro, parênquima cinza), utilidade para identificação de alterações de sinal (focos que ficam hiperintensos), diferenciação anatômica e avaliação de substância branca. Indicações clínicas: doenças desmielinizantes (padrões periventriculares), lesões isentas na substância branca (migrânea), leucodistrofias (padrão difuso), lesões expansivas e edema tumoral, hemorragia subaracnoide de convexidade (HSA de convexidade melhor detectada em FLAIR que em SWI em fase aguda), meningite/empiema subdural (conteúdo purulento nos sulcos) e coleções subdurais finas. Técnica: avaliações axiais de baixo para cima; coronal FLAIR angulado para hipocampos (ainda usado por alguns serviços; preferência atual por FLAIR volumétrico).
  • Difusão (DWI/B1000): sequência-chave para isquemia aguda (hipersinal com restrição na sequência), descrição da aparência típica (líquor escuro, parênquima cinza homogêneo) e instruções de pós-processamento (ajustar janela). Exemplos clínicos: infartos em territórios arteriais, infartos pontuais (mesencéfalo), hipóxia global pós-PCR, e utilidade para avaliar calota craniana. Mimetismos de restrição de difusão: abscessos/pus, sangue (certas fases), lesões citotóxicas reversíveis do corpo caloso (CLOCC), doenças mitocondriais/metabólicas, lesões pós-ictais e toxicometabólicas — nem toda restrição = isquemia. Dica prática: procure restrição também na calota craniana e corrobore com outras sequências.
  • Susceptibilidade magnética (SWI / SWAN / GRE): sequência sensível a sangue, calcificação, ar/gás, ferro e gordura; descrição da aparência típica (parênquima de tonalidade intermediária/beige, líquor semelhante, vasos e calota escuros). Identificação de microhemorragias (hipossinais pontiformes), siderose superficial (hemossiderina pial), angiopatia amiloide (microbleeds periféricos), diferenciação sangue versus cálcio usando a máscara de fase, calcificações típicas (ex.: Sturge‑Weber), gás (pneumocrânio), depósitos de ferro (hemocromatose, aceruloplasminemia) e gordura/lipomas. Técnica: revisar imagens em fase/magnitude para caracterização e varredura de baixo para cima.
  • Correlação entre sequências e abordagem sistemática: ordem prática de leitura (visão global → sequência a sequência → avaliação compartimental), importância da correlação topográfica com clínica, atenção às armadilhas (sinais de T1 alto por sangue, restrição de difusão não isquêmica, hipossinal de susceptibilidade por componentes não hemorrágicas) e necessidade de integrar anatomia normal como referência.

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