Sinais em Neuroimagem Parte 2

No vídeo "Sinais em Neuroimagem Parte 2" apresentamos uma atualização resumida e prática dos sinais imagiológicos relevantes publicados nos últimos anos, com ênfase em achados pediátricos, epilépticos e doenças degenerativas. O conteúdo privilegia a aplicabilidade clínica dos sinais, suas implicações diagnósticas e considerações para o seguimento do paciente.

Conteúdos Abordados

  • Sinal perirrolântico (associação POLG-related disorder): Restrição à difusão centrada na região perirrolântica em crianças. Este padrão dificilmente representa isquemia arterial territorial e deve levantar a hipótese de doença mitocondrial POLG-related. Importante sinal para a prática pediátrica e para o raciocínio diferencial frente a restrições de difusão focais.
  • Sinal do "L" talâmico: Hipersinal em T2/FLAIR envolvendo o pulvinar e a superfície dorsolateral do tálamo que, quando associado a alterações parieto-occipitais simétricas e perirrolânticas, é fortemente sugestivo de sequela de insulto hipóxico-isquêmico perinatal. A presença do L talâmico aumenta a probabilidade de isquemia perinatal em relação à hipoglicemia isolada.
  • "The Dark Side of the White Mirror" (branca muito hipointensa em T2/FLAIR): Descrita como substância branca subcortical com sinal mais baixo que o esperado no T2/FLAIR. Pode refletir lesão subjacente variada (isquemia, tumor, inflamação, infecção, metabólica). Alguns autores associaram a hipoglicemia não cetótica; na prática clínica também é vista em tumores e lesões vasculares — sempre investigar tecidos adjacentes.
  • Black Toenail Sign (MELAS crônico): Área subcortical com aspecto cístico/degenerativo periférico no FLAIR, com imagem reminiscentemente escurecida — correlaciona com doença crônica MELAS e costuma indicar prognóstico neurológico mais reservado.
  • Hipossinal do pulvinar em sequência de suscetibilidade (SWI) em epilepsia: Descrito recentemente como possível marcador por imagem em pacientes epilépticos. Pode ser transitório — já houve relato de desaparecimento após controle das crises — e hipoteticamente relaciona-se a depósito paramagnético ou alteração metabólica local do tálamo.
  • Sinal do polegar (thumb sign) / insinuação do giro temporal inferior: Protrusão/insinuação do giro temporal inferior na base do crânio e remodelamento ósseo, descrita em pacientes com epilepsia e hipertensão intracraniana idiopática, especialmente em população pediátrica, mas também relatada em adultos. Achado que deve suscitar investigação da pressão intracraniana e correlação eletro-clínica.
  • Sinais em doenças degenerativas:
    • Sinal do esquilo (Doença de Alexander): Alterações de sinal no bulbo/olivas inferiores e nos pedúnculos cerebelares inferiores — pode auxiliar no diagnóstico desta leucodistrofia.
    • Sinal da orelha do urso (AP4E-related hereditary spastic paraplegia): Alteração de sinal na região dos fórceps menores e atrofia do corpo caloso predominantemente posterior, frequentemente associada a agenesia da comissura anterior — padrão sugestivo de mutação AP4E.
    • Hipersinal nos pedúnculos cerebelares inferiores (MSA-C vs SCA): Presença de hipersinal nos pedúnculos cerebelares inferiores favorece atrofia de múltiplos sistemas (tipo cerebelar) em contraposição às ataxias espinocerebelares, nas quais esse sinal costuma estar ausente. Evolução com atrofia pontina e sinal do "Hot Cross Bun" pode acompanhar o quadro.

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