Tema central: Orientações práticas para a avaliação por imagem dos gliomas da via óptica, com ênfase nos aspectos diagnósticos e diferenciais.
Resumo
Este artigo científico apresenta uma abordagem prática e sistematizada para o diagnóstico por imagem dos gliomas da via óptica (GVO), com ênfase na diferenciação entre padrões típicos, variantes atípicas e condições que mimetizam essa neoplasia. A análise é centrada na avaliação por ressonância magnética (RM), método de escolha para a detecção precoce e monitoramento da doença.
A relevância clínica reside na frequente associação dos GVO com a neurofibromatose tipo 1 (NF1), o que impacta diretamente na evolução clínica, na decisão terapêutica e na frequência de acompanhamento por imagem. A distinção entre GVO esporádico e associado à NF1 é fundamental, dado que este último tende a ter curso mais indolente e pode até regredir espontaneamente.
O artigo descreve os padrões morfológicos típicos de envolvimento dos nervos ópticos, quiasma, trato óptico e radiações ópticas, destacando as alterações de sinal em T2/FLAIR e o grau de realce pós-contraste. Aponta ainda os sinais de alarme para progressão tumoral, como edema perilesional e crescimento excêntrico, além de ressaltar entidades que simulam GVO, como histiocitose de células de Langerhans, neurossarcoidose e linfoma.
Este artigo científico reforça a importância de um protocolo de imagem adequado, que inclua cortes finos em T2 e sequências pós-contraste de alta resolução. O conhecimento aprofundado da anatomia da via óptica e das variantes radiológicas dos GVO é essencial para orientar a conduta clínica e evitar biópsias desnecessárias em pacientes com NF1.
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